"As novas gerações têm um olhar diferente sobre o significado do casamento"
- Ana Rita Rebelo
- 4 de jun.
- 2 min de leitura
Este artigo é assinado por Filipa Ferreirinha, responsável da Quinta Condes de Valadares.

"Quantas vezes ouvimos que 'isto já não é o que era'? Sim, casar também já não é o que era. Durante anos, este momento era encarado como uma prática quase obrigatória, como uma afirmação, como o verdadeiro 'subir na vida'. Os pais já viviam a preparar o casamento dos filhos, pois essa era a fase em que os mesmos sairiam de casa e constituíam a sua família, pelo que desde muito novas as 'futuras noivas' recebiam ofertas para preparar o seu enxoval. Atualmente, esta já não é a realidade.
Os jovens não saem de casa apenas para se casarem, nem se casam apenas para saírem de casa. Sim, ainda podemos dizer que 'quem casa quer casa', mas as duas ideias não dependem única e exclusivamente uma da outra. As novas gerações têm um olhar diferente sobre o significado do casamento, pois este acaba por ser uma extensão do casal, a afirmação da sua identidade, dos seus valores, da sua história e das suas escolhas.
Por tudo isto, a palavra que melhor se encaixa no casamento das gerações mais jovens é a personalização. Cada detalhe tem um propósito, desde os convites até à escolha da playlist, passando pelo menu. Esta personalização garante a autenticidade, muito procurada pelos casais dos dias de hoje, que mais do que impressionar, querem sentir e recordar.
E é claro que não podemos falar das gerações mais jovens sem falar das redes sociais. Sim, também nos casamentos estas têm impacto, indo além do seu uso para 'copiar o que se vê' no Pinterest ou 'seguir as tendências'. O foco está na procura pela inspiração de fazer diferente do que está escrito no tradicional 'guião'. Os criadores de conteúdo digitais, através da partilha das suas experiências, atingem diferentes públicos, demonstrando que podem ser um
exemplo a seguir.
Talvez o maior legado dos casais do presente e do futuro seja o de mostrar que o padrão não é a única maneira de fazer as coisas bem, que o casamento deve ser um reflexo do amor que se sente e não do amor que os demais esperam que seja sentido. Se não há uma forma certa de amar, por que motivo devemos pensar que há uma forma certa de casar? A inovação e a evolução nascem quando deixamos de 'fazer como sempre fizemos' e começamos a fazer porque sentimos, porque queremos, porque gostamos. É aqui que encontramos a autenticidade e é com autenticidade que concretizamos o inesquecível. E, no fim, são as memórias que importam. As lembranças de um dia feito à medida de duas pessoas que querem celebrar o seu amor, à sua maneira. Este é o verdadeiro amor nas novas gerações."
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