Barré. Tudo sobre o exercício da moda (e como fortalece o pavimento pélvico)
- Ana Rita Rebelo
- 20 de mai.
- 2 min de leitura
Num momento em que cada vez mais mulheres optam por treinos conscientes e funcionais, o barré afirma-se como uma disciplina completa, exigente e, ao mesmo tempo, divertida. No entanto, apesar dos seus múltiplos benefícios, muitas mulheres continuam a desconhecer o impacto positivo que esta prática pode ter na saúde do pavimento pélvico.

O barré é uma prática que funde o ballet clássico com elementos de pilates, yoga e treino funcional. Trata-se de um desporto completo, mas exigente, baseado em movimentos compostos que envolvem dois ou mais grupos musculares. Esta combinação torna o barré numa modalidade refinada, desafiante e altamente focada no controlo corporal.
Embora não existam estudos científicos que provem uma ligação direta entre a prática de barré e a saúde do pavimento pélvico, é possível estabelecer conexões relevantes do ponto de vista biomecânico e da anatomia funcional. "Como se baseia em movimentos conscientes e precisos, o barré não consiste apenas em movimentar o corpo, mas sim em ativá-lo com intenção - o que beneficia diretamente o pavimento pélvico", explica María Pérez, fisioterapeuta especializada em pavimento pélvico, criadora do projeto La Pelvis Revolution e colaboradora da Intimina, citada em comunicado.
Entre as principais vantagens, destacam-se:
Ativação do core profundo: ao trabalhar esta zona, ativam-se músculos como o diafragma, os abdominais e a musculatura paravertebral, que funcionam em coordenação com o pavimento pélvico, oferecendo-lhe mais suporte;
Fortalecimento dos glúteos e das pernas: o barré trabalha intensamente os glúteos, adutores e pernas, melhorando o apoio global da zona pélvica;
Maior consciência corporal: ao executar movimentos pouco usuais, que ajudam a reativar conexões musculares, é possível obter um impacto positivo no funcionamento do pavimento pélvico.
Importa sublinhar que o barré não é um tratamento nem deve substituir a fisioterapia especializada, mas pode ajudar a prevenir situações como perdas de urina, prolapsos leves ou o enfraquecimento do períneo. Por isso, pode ser um excelente complemento em fases intermédias ou avançadas de processos de reabilitação da zona pélvica.
Tanto o barré como os exercitadores de pavimento pélvico podem integrar um plano de autocuidado completo. Cada um trabalha aspetos diferentes e, em conjunto, ajudam o pavimento pélvico a funcionar melhor, com menos esforço. "O ideal é praticar ambas as abordagens em separado e de forma complementar. O barré melhora a consciência corporal, o tónus muscular geral e o movimento funcional, permitindo que o corpo e a mente apoiem o pavimento pélvico da melhor forma. Já os exercitadores são concebidos para sessões curtas e específicas, centradas exclusivamente nesta zona", sublinha María Pérez.
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