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Crítica. Já vimos "A Lenda de Ochi" (e não nos convenceu totalmente)

  • Foto do escritor: Ana Rita Rebelo
    Ana Rita Rebelo
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

O novo filme da A24 estreia esta quinta-feira, 8 de maio. Eis o que pode esperar.



★★★☆☆


O filme "A Lenda de Ochi", a primeira longa-metragem do veterano dos videoclips Isaiah Saxon como roteirista e diretor, é uma obra revestida de nostalgia. É evidente a influência dos anos 80 e início dos anos 90 nesta animação familiar com uma banda sonora madura de David Longstreth e um enredo promissor, mas sem substância e ocasionalmente confuso. Ao contrário das escolhas criativas acertadas de Saxon, a narrativa fica aquém do seu potencial. E nem a personagem insana de Willem Dafoe chegou para acelerar o ritmo lento daquela 1h35.


Numa aldeia remota na ilha de Carpathia, a tímida Yuri (Helena Zengel) é a heróina. Vive com o pai Maxim (Willem Dafoe) e, juntamente com o seu irmão adotivo Petro (Finn Wolfhard), é criada para temer e caçar uma espécie rara conhecida como Ochi - diríamos que é uma espécie de fusão improvável entre o Baby Yoda e o Gizmo, mas sem metade da piada. Fun fact: esta figura mítica não é CGI, é uma marioneta e capaz de arrancar alguns "aww"! A história ganha um novo rumo quando a heroína encontra um bebé Ochi ferido que havia sido deixado para trás. Rebelando-se contra as regras do pai, Yuri foge e embarca naquela que seria a aventura de uma vida para levar o pequeno Ochi para casa, mas sem nenhuma explicação plausível. Ficam muitos vazios por preencher. Enquanto vagueia pela floresta, Yuri conhece Dasha (Emily Watson), a sua mãe desaparecida.


Com um interesse assumido pelo cinema não-verbal, Saxon tenta replicar o feito de filmes como "E.T.", mostrando como um humano e um animal podem criar laços e comunicar sem linguagem. No filme, Yuri descobre o hocketing, uma técnica vocal que consiste em dividir uma melodia em duas fontes de som. Tudo isto ajuda a compor um universo tão vívido que quase parece que sempre existiu, mas só agora é descoberto.


Sem muitas surpresas, o filme destaca-se pelos cenários vibrantes de Jason Kisvarday capturados por Evan Prosofsky. A obra demorou seis anos a ser feita e nota-se. O cenário romeno ajudou. É quase impossível distinguir entre o que é natureza e o que foi concretizado pela equipa de produção. Isso é um feito de Isaiah Saxon que já ninguém lhe tira.


Veja o trailer abaixo:



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