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Estudo revela que hábitos tabágicos aumentam em 90% o risco de periodontite

  • Foto do escritor: Ana Rita Rebelo
    Ana Rita Rebelo
  • 6 de jun.
  • 3 min de leitura

Investigação desenvolvida pela Malo Clinic e publicado no Journal of Dentistry revela que os hábitos tabágicos são o único indicador de risco para as três principais doenças orais. Deixar de fumar poderia resultar numa redução potencial de 37% dos casos de periodontite e de 39% dos casos de patologia peri-implantar, associado também a outras variáveis.



Um estudo realizado pela Malo Clinic associa o tabaco às três principais doenças orais: periodontite, patologia peri-implantar e cárie dentária. Este é o primeiro e o maior estudo de vigilância epidemiológica desenhado para as três crónicas orais em simultâneo em Portugal. Foi publicado no Journal of Dentistry.


Os investigadores acompanharam mais de 22 mil pacientes (dos quais 9.035 eram homens (41,1%) e 12.974 eram mulheres (58,9%), com uma idade média de 48,5 anos) durante um período de três anos e concluíram, entre outros fatores, que o tabaco aumenta em 90% o risco de periodontite, doença crónica que afeta as gengivas e os tecidos que suportam os dentes e que pode levar à sua perda. Além da periodontite, o estudo identificou também esta relação entre o tabaco e a patologia peri-implantar (84%), doença que afeta os tecidos ao redor de um implante dentário, podendo levar à perda do mesmo, e nas cáries dentárias (18%).


"O número de pessoas expostas diariamente ao tabaco é bastante elevado, não só entre as gerações mais velhas, mas também entre os jovens, o que representa um verdadeiro problema de saúde pública. Este estudo surge, por isso, para compreender os impactos reais deste vício na saúde oral, que podem muitas vezes surgir de forma silenciosa e progressiva. Neste contexto, é fundamental reforçar a prevenção e a educação sobre o tema, para que as pessoas sejam capazes de abandonar este hábito tão prejudicial e melhorar significativamente a sua qualidade de vida e bem-estar", refere Miguel de Araújo Nobre, principal autor do estudo e diretor do departamento de investigação, desenvolvimento e educação da Malo Clinic, citado em comunicado.


Nos mais de 22 mil pacientes analisados, a taxa de prevalência de periodontite, cárie dentária e patologia peri-implantar foi de 17,6%, 36,6% e 13,9%, respetivamente. Ao avaliar quais as possíveis causas e indicadores de risco associados a estas complicações, o tabagismo foi o único fator que esteve associado como indicador de risco para todas as doenças crónicas orais, e cuja supressão poderia potencialmente representar maiores ganhos em termos de benefícios para a saúde através da redução de casos de cárie dentária, periodontite e patologia peri-implantar. Embora complicações como a diabetes e o VIH+ tenham sido identificadas como indicadores de risco para a periodontite e as condições cardiovasculares, neurológicas e a diabetes ao surgimento de cárie dentária, os hábitos tabágicos revelaram-se o indicador de risco comum entre as três doenças orais.


Deixar de fumar pode resultar numa redução potencial de 37% dos casos de periodontite e de 39% dos casos de patologia peri-implantar, associado também a outras variáveis, segundo o estudo. Mais: a supressão de hábitos tabágicos poderia potencialmente representar ganhos em termos de benefícios para a saúde dos pacientes. De facto, deixar de fumar poderia resultar numa redução potencial de 37% dos casos de periodontite e de 39% dos casos de patologia peri-implantar, igualmente associado também a outras variáveis. No caso das cáries dentárias, este cenário também se verificou, mas em menor escala, com uma redução potencial de 7% dos casos.

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