Juliana Bezerra de volta às raízes. Assim é o novo mundo da joalheira no Páteo Bagatela
- Ana Rita Rebelo
- 30 de set.
- 2 min de leitura
No coração de Lisboa, a artista regressa ao local do seu primeiro atelier, transformando-o num espaço que combina história, design e peças exclusivas.

Há lugares que guardam memórias e marcam o início de uma história. Para Juliana Bezerra, o Páteo Bagatela é um deles. Foi ali, no coração de Lisboa, que a joalheira regressou para abrir a sua nova loja, um espaço que combina texturas, recantos secretos e peças exclusivas.
"Saí do Páteo Bagatela há alguns anos porque o espaço que tinha na altura se tornou pequeno para o crescimento da marca. Naquele momento, não consegui encontrar outro local disponível na zona, mas o desejo de voltar ficou sempre comigo. Era como um capítulo em pausa", conta à hAll. O regresso, explica, é também emocional. "Muitas das minhas clientes vivem ou trabalham por ali, e constantemente me perguntavam quando voltaria. Quando vi esta nova loja disponível no próprio Páteo, nem acreditei. Voltar para um lugar tão querido e simbólico, onde tive o meu primeiro atelier solo, foi emocionante."
O novo espaço da marca nasceu de uma colaboração com a Skike Design, desafiada a traduzir a identidade de Juliana Bezerra num ambiente rico em texturas, luz e detalhes cuidadosamente pensados. A arquitetura ficou a cargo de Rita Mongiardim e a execução do projeto foi realizada pela empresa Desafio do Lápis.
A paleta de cores, inspirada na luz de Lisboa e criada em parceria com a CIN, inclui tons exclusivos e criados especialmente para este espaço. A loja apresenta ainda peças bespoke assinadas por artistas e designers nacionais de referência, como Carolina Andrade, Marta Corrêa Nunes e Maria Castel-Branco.

Mais do que uma loja, pretende ser um convite à descoberta. "Tem texturas que amo, pequenos recantos que convidam a descobrir, e um ambiente pensado para criar uma experiência sensorial. Aqui, também tenho uma bancada de trabalho, o que me permite estar mais próxima da criação no dia a dia", diz. E acrescenta: "Vamos ter peças exclusivas para a loja física".
Para Juliana Bezerra, cada joia continua a ser uma narrativa pessoal. "Até hoje, é a parte que mais me apaixona e onde coloco mais dedicação. Contar histórias através das peças sempre foi, e continua a ser, a alma da marca." Seguir tendências não é prioridade. "O meu processo criativo é mais intuitivo e ligado ao que estou a viver ou a sentir. Mas noto que os fios longos estão a regressar, e que há um novo interesse por peças em prata, talvez porque o mercado esteja um pouco saturado do dourado", aponta.
"Para já, quero curtir este ‘novo baby’, a loja no Páteo", revela, sublinhando o cuidado que está a dedicar à coleção de final de ano, que antecipa como "mágica" e para a qual promete "um lançamento memorável". "Novas aberturas, por enquanto, não estão nos planos a curto ou médio prazo… Mas já tenho uma cidade debaixo de olho", antecipa.




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