Se lavou as malhas mais de três vezes esta estação… exagerou
- Ana Rita Rebelo
- 25 de nov.
- 2 min de leitura
Gosta de malhas, mas elas perdem forma, textura ou ganham borboto depressa demais? Há solução e começa em pequenos gestos. A consultora de imagem Sofia Dezoito explica.

Chegou o frio, abriu as gavetas e reencontrou algumas das suas malhas preferidas. No entanto, nem todas resistem, ano após ano, com a mesma dignidade - e nem sempre a culpa é do uso que lhes dá. Muitas vezes, o problema começa com escolhas pouco informadas e cuidados que ficam aquém do necessário. Quem o diz é Sofia Dezoito, consultora de imagem funcional, que lembra: "Por serem mais delicadas, as malhas requerem algum carinho extra".
Esse carinho começa logo no primeiro contacto com a peça. Não é na etiqueta do preço que está o segredo, mas na da composição. E é aqui, conforme explica Sofia Dezoito, que acontecem grande parte dos erros. A recomendação é simples: optar por fibras naturais sempre que possível.
"Fibras sintéticas não são respiráveis e por norma só fazem sentido quando misturadas com alguma percentagem de outras fibras naturais", reforça. Entre as escolhas mais acertadas surgem o algodão, lã merino, caxemira, mohair, alpaca ou lã fria. Do outro lado estão o nylon, poliamida ou poliéster.
Mas o conselho que mais surpreende é outro: evitar lavagens. Se a malha tiver uma elevada percentagem de lã, basta arejar entre utilizações. "Lavar duas a três vezes por época, no máximo", recomenda. Quando for realmente necessário lavar as malhas, deve fazê-lo à mão ou a baixa temperatura, sem centrifugação e recorrendo a detergentes delicados. Amaciador? O melhor é dispensá-lo.
Também a secagem exige cuidados redobrados. Nada de pendurar pelos ombros. A gravidade não perdoa e as malhas deformam. O ideal é secar ao ar livre e na horizontal.

Na hora de guardar as malhas, as peças devem ser sempre dobradas e com algum espaço entre si. As colmeias podem facilitar esta organização, assegurando o distanciamento necessário para evitar fricção e aumentar a longevidade das fibras.
Por fim, a palavra que mais inquieta quem é fã de malhas: borboto. Mas, ao contrário do que se pensa, não é sinal de defeito nem de uso excessivo. Trata-se apenas do comportamento natural das fibras, sobretudo nas zonas de maior fricção, como punhos, mangas ou debaixo dos braços. E quanto maior a percentagem de lã, maior a probabilidade de aparecer. A parte positiva? Um simples tira-borbotos devolve-lhe o aspeto original, desde que a peça seja de boa qualidade.




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